Um rio virou mar é um espetáculo que toma
como ponto central questionamentos acerca dos medos, acessando o imaginário
lúdico e criativo da criança como suporte para a construção da poética
dramatúrgica e a construção cenográfica.
A dramaturgia desenvolve-se a partir do
brincar, da construção das infinitas possibilidades que é contar histórias.
O texto desenvolve-se a partir de um rio, construído de pedaços de
tecidos em tonalidades de azul. Há uma proposta de teatro de animação. No
entanto, os atores brincam: vão se transformando ora em manipuladores dos objetos,
ora em personagens, numa metamorfose poética, provocando a criança ao
problematizar os medos do rio, e que também são os medos comuns à própria
criança.
Nesse contexto, os atores expõem-se
totalmente às crianças. Brincam com elas enquanto estão encenando e contando a
história do rio que tem medo de crescer. Há de se perguntar:
- O que vai ser quando você crescer?
Para o pequeno rio, antes de crescer e de se
transforma em mar, há muita história que precisa ser contada.
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